segunda-feira, 29 de junho de 2009


Uma rua escura, e um fim de tarde, escuro sem luz, sem vida. Passos apressados, buzinas e mais escuridão. Até que uma luz veio em minha direção, e quando olhei para trás, era tarde demais. Vi apenas cacos de vidros, e comecei a correr. Cheguei no local do acidente, meus pés pisavam forte nos cacos de vidro no chão. .. mas não podia ser. Meu amor, aquele que eu veria em instantes, no sofá de minha casa, estava ali, ensanguentado, praticamente morto. Olhou pela última vez em meus olhos, e segurou minha mão. No banco do passageiro tinha um buquê de rosas e uma caixinha, tão pequena mas tão importante. Ouvi a sirene dos bombeiros chegando, e ainda não acreditava no que havia acontecido. Lágrimas e soluços, sangue e vidros. Não era isso que queria pra mim, naquela noite. Sirenes e sirenes, flashs e uma multidão. Minhas lágrimas se tranfosmaram em gritos, e mais gritos. Saí correndo com os pés ensanguentados, para casa, com as rosas nas mãos. Entre soluços e sangue, avistei outra luz. Seria meu fim? Vi sua mão estendida, sua voz chamando meu nome. Meus passos aceleravam cada vez mais. E uma buzina. Senti seu beijo mais uma vez, agora eu era sua, outra vez. Numa vida nova.

2 comentários:

'Eloíza Ribeiro. disse...

Divino, mana.
Realmente, tu se superou (:

Anônimo disse...

Obrigado, bom trabalho! Este foi o material que eu tinha que ter.